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SÃO JOSÉ
Problemas com macas continuam

Pelo segundo dia seguido, a superlotação na emergência do Hospital São José deixou macas e ambulâncias do Samu e dos bombeiros retidas, impossibilitando o trabalho dos socorristas em outras ocorrências. O problema foi no início da manhã. Pelo menos dez macas tiveram de ser usadas para o atendimento no hospital.

A capacidade da emergência do hospital é de 43 leitos, mas havia 86 pessoas no pronto-socorro. Como são apenas 60 macas, as ambulâncias que transportavam os pacientes tiveram de ceder os equipamentos. Com isso, os veículos ficaram parados em frente ao pronto-socorro outra vez.

De acordo com o coordenador regional do Samu, Mauricio Benetton, o problema é quase diário. “Não deveria, mas essa é a realidade”. “Quem chega na nossa emergência será atendido. Quando ultrapassa o limite, não posso atender no chão”, afirma o diretor do hospital, Tomio Tomita.


CRACK, NEM PENSAR
Prefeitura vai pedir 40 leitos


Solicitação faz parte de lista que será apresentada ao governador eleito

A criação de 40 leitos para desintoxicação de usuários de crack e outras drogas no Hospital Regional de Joinville vai ser pleiteada pela Prefeitura de Joinville em reunião das secretarias de Desenvolvimento Regional das regiões Norte e Nordeste com a Secretaria de Estado da Saúde, na terça-feira, ou em audiência a ser solicitada com o governador eleito Raimundo Colombo (DEM).

A necessidade dos leitos voltou a ser ressaltada ontem, em reunião para a elaboração do Plano Municipal de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, que contou com a presença da secretária nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), Paulina Duarte.

Segundo Maria Ivonete Peixer, chefe de gabinete do prefeito Carlito Merss, a criação dos leitos será incluída na pauta de reivindicações ao governador eleito. Por determinação do Plano Nacional de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, só os hospitais gerais – no caso de Joinville, o Hans Dieter Schmidt, administrado pelo Estado – podem se inscrever em editais do Ministério da Saúde para receber recursos para novos leitos.

“A União disponibilizou R$ 140 milhões para o plano nacional, boa parte para a implantação dos leitos em hospitais e clínicas. Depende das cidades e Estados demonstrarem interesse e preencherem os requisitos dos editais. O recurso para um leito de desintoxicação é o dobro de uma internação comum”, destacou Paulina.

Na reunião, as secretarias municipais de Saúde e Assistência Social reforçaram a cobrança por vagas mantidas com dinheiro público em comunidades terapêuticas. Segundo Maria Ivonete, a Prefeitura já fez o pedido dessas vagas por meio de edital e aguarda o resultado, que deve sair no fim do mês.

A capacitação de profissionais de diversas áreas para lidar com dependentes químicos e a criação de casas para abrigo de usuários em situação vulnerável também estiveram na pauta. A capacitação depende de ter um professor de universidade pública credenciado para ministrar aulas. A criação das casas de abrigo é mais complexa e passa pela disponibilização de espaço e de ter os funcionários treinados, segundo Paulina.

 

CAMPO ALEGRE
Sábado é dia de prevenção contra câncer

Hoje tem programação especial para as mulheres de Campo Alegre. Na Escola Municipal Paulo Fuckner, em Bateias de Cima, ocorre a campanha Útero é Vida, uma ação do Programa de Prevenção do Câncer do Colo do Útero da Mulher Rural, desenvolvido pela Confederação Nacional da Agricultura, em parceria com o Senar e Sindicato Rural de Campo Alegre.

Durante o dia, as mulheres poderão realizar o exame. O material coletado será analisado por um laboratório particular e o resultado sai em sete dias.

Além de realizar o exame preventivo de câncer, as mulheres também podem aproveitar o espaço de beleza, com cortes de cabelo gratuitos, serviço de manicure e dicas de maquiagem. Também haverá palestras informativas sobre direitos e obrigações da mulher agricultora, higiene e prevenção ao câncer.

O exame preventivo de câncer também pode ser feito nos postos de saúde do município, conforme cronograma disponível no sindicato. A Secretaria Municipal de Saúde fornecerá equipamentos e profissionais para a realização dos exames.

 

 

PESQUISA DO IBGE

Menos 11,2 mil leitos no País
Estudo mostra um perfil da saúde nas unidades públicas e privadas

Em quatro anos, 11.214 leitos para internação foram desativados no País, mostra IBGE. A Pesquisa Assistência Médico-sanitária 2009, divulgada ontem, aponta que a redução do número de leitos teve impacto no total de internações realizadas, que caiu pela primeira vez desde 1998.

A taxa nacional de leitos para internação apurada em 2009 (2,3 por mil habitantes) ficou abaixo do padrão estabelecido pelo Ministério da Saúde, de 2,5 a três por mil habitantes. A diminuição dos leitos é acompanhada pela redução do número de estabelecimentos com internação, puxada pela desativação de unidades privadas (veja o quadro).

Em 2009, havia 6.875 estabelecimentos com internação no País, queda de 3,9% em relação a 2005. O setor privado perdeu 392 unidades no período. No setor público, que apresenta o maior percentual de estabelecimentos sem internação (69,8%), houve aumento de 112 unidades. A perda total, portanto, foi de 280 estabelecimentos. Só houve aumento na região Norte (2,3%); todas as outras regiões apresentaram redução de 2005 para 2009. Dos 3.066 estabelecimentos com internação que declararam prestar serviços aos SUS em 2005, restaram 2.707 em 2009.

A pesquisa mostrou que o total de estabelecimentos de saúde em atividade no País cresceu de 77 mil em 2005 para 94 mil em 2009, um aumento de 22,2%.

 


Visor
TREINAMENTO

Com o aumento de turistas e moradores nas praias do litoral por causa da chegada do verão, o Corpo de Bombeiros começa a reforçar o treinamento de salvamento aquático. Ontem, a equipe do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) simulou um socorro nas águas da Baía Sul, em Florianópolis. No helicóptero, um piloto, um co-piloto, dois bombeiros, um médico e uma enfermeira do Samu participaram da simulação.


 

SAÚDE
País perde leitos em hospitais

Mais de 11 mil vagas foram extintas nos últimos quatro anos

BRASÍLIA - O Brasil perdeu 11.214 leitos de hospital em quatro anos. É o que mostra a pesquisa Assistência Médico-Sanitária 2009, divulgada sexta-feira pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 2005 e 2009, o número de vagas para internação hospitalar caiu de 443.210 para 431.996, uma redução de 2,5%. Já a população cresceu cerca de 4,5% nesse período.

O levantamento comprova que o Brasil recuou três décadas e meia na oferta de lugares para internação em saúde. O número de leitos hoje é praticamente idêntico ao de 1976. Naquele ano existiam 443.888 leitos hospitalares no país, um pouco mais do que hoje.

O presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers), Fernando Mattos, ressalta que a redução de leitos é fator determinante para a crise nas emergências hospitalares, sempre superlotadas. Antes, a lotação ocorria basicamente no inverno, agora o problema é permanente. Mattos salienta que a diminuição de oferta, conforme o IBGE, ocorre no setor privado (que também atende pelo SUS). Os hospitais particulares e filantrópicos ofertavam 324 mil leitos em 1976. Hoje oferecem 279 mil, redução de 14%. Já no setor público, o número de vagas hospitalares aumentou em 28%.

– Os governos federal e estaduais têm tentado suprir a carência de leitos, já que investimento em hospital deixou de ser atraente para o setor privado. Em decorrência do baixo valor pago pelo governo para as Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs), muitos hospitais particulares simplesmente fecharam as portas. O SUS precisa rever urgentemente sua tabela de valores – desabafa Mattos.

A pesquisa mostra também um dado curioso: cresceu o número de estabelecimentos de saúde no país, apesar da redução no número de leitos. O número de clínicas, ambulatórios e hospitais saltou de 77 mil para 94 mil, nos quatro anos decorridos desde o último levantamento. São locais de atendimento rápido e preventivo, conforme preconiza a Organização Mundial de Saúde.

– Nem tudo que a pesquisa mostra é ruim. Muitas cirurgias e exames, que antes eram só feitos em hospitais, agora são feitos em ambulatórios, o que explica em parte a redução de vagas hospitalares. Claro que o aumento de vaga ambulatorial não deveria vir acompanhado de menos leito em hospital – analisa Marco Andreazzi, médico sanitarista e coordenador da pesquisa nacional do IBGE.

 

Criança em estado grave é removida por helicóptero para Florianópolis

O estado delicado de uma criança de dois anos, portadora de leucemia fez com que a equipe médica responsável por seu tratamento tomasse uma decisão às pressas para tentar salvar sua vida.O diagnóstico da doença foi feito nesta sexta-feira (19) e a médica pediatra e oncologista infantil, Maria Cristina Martins, foi avisada na manhã deste sábado (20) do resultados dos exames e determinou, imediatamente, a transferência da menina para Florianópolis.

A criança se deslocou de Videira para fazer tratamento em Lages, no Hospital Infantil Seara do Bem, mas a instituição não é credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de câncer, no caso da menina, que afeta as céluas brancas do sangue.

A pequena aguarda com sua família a chegada de um helicóptero para sua remoção até Florianópolis, no Hospital Joana Gusmão na manhã deste sábado (20).Daqui aproximadamente 40 minutos o helicóptero irá pousar no campo do Corpo de Bombeiros, no bairro São Cristóvão, para o deslocamento emergencial.
 
A pediatra explica que a criança chegou em Lages na quinta-feira (18) e que não foi possível precisar o estágio da doença por ser um diagnóstico recente que ainda não foi minuciosamente analisado.
 
Entre os anos de 2004 e 2009 o hospital infantil recebia e fazia o tratamento de pacientes com câncer, mas os custos dos procedimentos eram custeados pela própria instituição, uma situação que não pôde mais ser suportada.

O pai da menina, Clair Bertotti, afirma que a utilização do helicóptero em ocorrências emergenciais, que ainda não era conhecida por ele, facilita o atendimento.Embora nervoso com o estado de saúde da filha, ele lembra que pelo diagnóstico ter sido revelado logo no início da doença, as chances de cura são maiores.Esta foi a primeira operação de remoção com helicóptero na parceria entre Corpo de Bombeiros e Samu, o que agiliza o atendimento com qualidade. O paciente, mesmo com deslocamento aéreo, conta com o amparo de um médico e enfermeira.

 Em Lages, neste sábado completa-se dez meses que este tipo de assistência é prestada, de acordo com o tenente dos bombeiros, Sandro Fonseca, que veio de Florianópolis e agora acompanha a menina até a UTI na Capital, diz que seu estado é grave.

No Estado de Santa Catarina 500 ocorrências foram atendidas por helicóptero. Esta marca foi comemorada em uma solenidade nesta sexta-feira (19), em Florianópolis.