Santa Catarina está mobilizada a incentivar a vacinação de crianças e adolescentes. Nas últimas semanas, os representantes da Secretaria da Saúde têm se reunido e divulgado orientações para associações, escolas e sociedade para que se aumente o número de vacinados no Estado. No fim da semana passada, uma nota informativa conjunta entre DIVE, DAPS e COSEMS direcionou às Secretarias Municipais de Saúde e às Escolas uma série de recomendações para ampliar ações pedagógicas e melhorar as coberturas vacinais.
A nota sinaliza que houve uma diminuição geral significativa na procura das vacinas – não só por Covid-19. Isso tem impactado nas ações de imunização no Estado, de acordo com as equipes técnicas, que lutam diariamente contra uma falsa sensação de segurança causada pela diminuição e/ou ausência de doenças imunopreveníveis (poliomelite, varicela, sarampo, tétano, etc), além dos movimentos antivax e notícias falsas.
Desta forma, a SES junto ao COSEMS tem recomendado que os municípios alinhem estratégias em parceria com os estabelecimentos de ensino público e privados através do Programa Saúde na Escola (PSE), a fim de intensificar ações e garantir informações para a prevenção de doenças.
“Essas ações realizadas através do PSE buscam promover integração entre educação e saúde para melhorar a qualidade de vida de crianças, adolescentes, jovens e adultos dos ensinos público e privado, bem como educação profissional e tecnológica e de jovens e adultos. As ações são articuladas pela Atenção Primária em Saúde e pelos estabelecimentos de ensino no enfrentamento de vulnerabilidades e na ampliação do acesso”, destacou a Diretora de Atenção Primária à Saúde, Jane Laner Cardoso.
Gráficos mostram diminuição na procura por vacinas
A prevenção de doenças infecciosas mediante o processo de vacinação é uma das medidas mais seguras e custo-efetivas para os sistemas de saúde, mas isso já não tem sido o bastante para chamar a população para a completude das doses necessárias contra doenças conhecidas.
Os gráficos analisados pela SES evidenciam que, nos últimos quatro anos, houve até 30% a menos de procura nas vacinas – seja contra Hepatite A, C, Tríplice Viral, Tetraviral, BCG, Rota, Pneumo, Polio e/ou Febre Amarela.
“É importante registrar que só a partir da imunização foi possível evitar milhões de óbitos e incapacidades ao longo da história, seja controlando várias doenças como sarampo, rubéola e poliomielite ou, até mesmo, erradicando, como a varíola. Não podemos retroceder”, finalizou a Diretora Jane.