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A oficina de preparação para o período sazonal da febre amarela, promovida pelo Ministério da Saúde (MS), terminou na tarde desta sexta-feira, 08. Durante os quatro dias de trabalho na capital, diversos técnicos, gestores e pesquisadores dos estados do Sul, Sudeste e Centro-oeste envolvidos na vigilância da febre amarela, estiveram reunidos para atualizar os modelos de previsão ecológica de dispersão da doença e para priorizar ações de prevenção e controle do vírus por meio da vigilância animal.

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Foto: Divulgação/DIVE

Os dados de notificações de epizootias (morte ou adoecimento de primatas) e de casos humanos de cada estado foram consolidados. “Além disso, foram inseridas informações sobre a cobertura vacinal desses locais para avaliar as áreas mais suscetíveis e vulneráveis para a circulação do vírus. Estas informações serão de suma importância para elaborarmos um mapa em conjunto com o Ministério da Saúde, identificando as possíveis rotas do vírus, apontando os locais onde pode haver maior risco para ocorrência de casos humanos da febre amarela” explica Renata Gatti, bióloga da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC).

Com esse desenho, os técnicos da Vigilância Epidemiológica conseguem entender melhor a movimentação do vírus e conseguem traçar planos de ação e resposta à transmissão da doença. “Tudo isso só é possível graças às notificações das epizootias em tempo oportuno. Por isso, é tão importante que a população avise a Secretaria de Saúde do seu município sempre que encontrar um macaco morto ou doente. O animal sinaliza a presença do vírus na região e acende um alerta para as equipes de saúde”, destaca João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

Outra forma para notificação das epizootias é por meio do aplicativo para celular SISSGeo. A ferramenta está disponível para download e permite o registro da morte do primata em tempo real, levando o dado diretamente para o sistema que atualiza os modelos de risco para ocorrência de doenças de importância para a saúde pública, no caso a febre amarela.

Vacina
Santa Catarina tem 79,52% do público-alvo vacinado contra a febre amarela. O ideal, segundo o MS, é que 95% desse público seja imunizado contra a doença para evitar surtos. “A melhor maneira de prevenir a febre amarela em humanos é através da vacinação. Todos os moradores de Santa Catarina a partir dos nove meses de idade devem receber a dose da vacina, que está disponível gratuitamente nos postos de saúde”, destaca Arieli Schiessl Fialho, gerente de imunização da DIVE/SC.

Febre amarela em SC
A febre amarela é uma doença grave e evolui rapidamente, se não for diagnosticada e tratada imediatamente. Os principais sintomas são início abrupto de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômitos, fraqueza e cansaço, dor abdominal. A pele amarelada é um dos indicativos de gravidade.

No Brasil, a febre amarela é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Os macacos, que vivem no mesmo ambiente silvestre que esses mosquitos, são as primeiras vítimas da doença. E é por esse motivo que é importante que a população comunique a Secretaria Municipal de Saúde ao encontrar um macaco morto ou doente. Isso ajuda as equipes de saúde a acompanhar a circulação do vírus pelo estado.

A ocorrência sazonal da febre amarela acontece quando as condições ambientais, climáticas e epidemiológicas são favoráveis à transmissão. As altas temperaturas, períodos de chuva e alta densidade de vetores (mosquitos transmissores da doença) são propícios para ocorrências de surtos, especialmente em locais onde há baixa sensibilidade para a vigilância de epizootias em primatas e baixas coberturas vacinais.

Nesse ano, o estado já registrou oito casos de febre amarela. Do total, três acabaram evoluindo para óbito, nos municípios de Águas Mornas (1), Blumenau (1) e São Bonifácio (1).

Além disso, Santa Catarina também já tem o registro de 136 mortes de macacos confirmadas por febre amarela.

Informações adicionais para a imprensa:
Amanda Mariano Bruna Matos Patrícia Pozzo
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