Vacinar todos os anos cães e gatos é a forma mais efetiva de prevenir a raiva. A doença é altamente letal e é fundamental tomar medidas de prevenção, reforça a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), da Secretaria de Estado da Saúde, em alusão ao Dia Mundial Contra a Raiva, celebrado em 28 de setembro.
A raiva pode ser transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente através de mordedura, mas arranhadura e lambedura também podem ser meios de transmissão. “É importante não se aproximar, tocar ou mexer em animais que você não conhece, ainda mais quando estiverem se alimentando ou dormindo. As pessoas não devem tocar, nem manusear os morcegos, que podem transmitir a doença” alerta Alexandra Schlickmann Pereira, médica veterinária da DIVE/SC.
João Fuck, gerente de Zoonoses da DIVE/SC, alerta que no caso de incidentes com animais, como mordidas, é fundamental lavar o ferimento com água e sabão. “Depois é preciso procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível. Os profissionais vão avaliar o ferimento e indicar o tratamento adequado”, explica.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza vacina e soro antirrábico. A DIVE/SC reforça que em caso de acidente, o animal deve ficar em observação por 10 dias, com água e comida disponíveis. Caso morra ou desapareça, é preciso comunicar a Unidade de Saúde.
Dados da raiva
No ano passado, de acordo com dados do Ministério da Saúde, foram registrados 11 casos de raiva humana (10 casos autóctones no estado do Pará e um caso importado no Paraná) no país.
Em Santa Catarina, a DIVE/SC confirmou em maio desde ano, um óbito de uma paciente de 58 anos, residente no município de Gravatal, por conta da doença. Ela foi mordida por um gato infectado. O Estado não registrava casos de raiva humana há 38 anos. Já os últimos casos de raiva em cães e gatos em SC foram registrados em 2006, nos municípios de Xanxerê (um cão e um gato), Itajaí (um cão), e 2016, em Jaborá (um cão).