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O Hospital Materno Infantil Santa Catarina (Hmisc), de Criciúma, está lançando uma campanha para arrecadação de linhas de crochê destinadas à produção de Polvos do Amor para os bebês da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). As linhas devem ser 100% algodão, número 6 e das marcas Barroco, Anne ou Charme. As doações podem ser entregues na UTI ou no setor de Recursos Humanos do hospital.

A campanha é uma iniciativa da Comissão de Humanização da unidade, administrada pelo Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (Ideas) em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES). 

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Foto: Divulgação Assessoria IDEAS

“Os grupos que confeccionam e doam os polvos para a UTI estão necessitando de linhas para a produção. Para que o projeto não perca força ou se acabe, necessitamos de doações”, explica Lenita Duart da Silva de Campos, gerente de enfermagem do Materno Infantil.

Conheça a história do bebê Victor e seu amigo Polvo em https://is.gd/L7iMfe/ideas

Embora não exista comprovação científica, observou-se no Hmisc que os polvos ajudam os bebês prematuros a se sentirem mais seguros e confortáveis. Ao abraçar o brinquedo, o recém-nascido fica mais calmo e se sente mais protegido. Isto acontece porque os tentáculos do polvo lembram o cordão umbilical e oferecem uma segurança semelhante ao útero. 

O polvo também reduz a incidência de passagens de sondas e caracteres pois os tentáculos são macios e ideais para serem agarrados, evitando que o bebê puxe os fios conectados a eles. Os polvos de crochê começaram a ser adotados pelo Hmisc no começo de 2017, quando passaram a fazer companhia a todos os bebês da UTI.

Início

A primeira experiência no Hospital Materno Infantil com o polvo de crochê foi feita em 2 de março de 2017. Foi escolhido o bebê prematuro mais agitado entre os 10 que ocupavam os leitos da UTI da unidade. Ela era agitada, chorosa, gostava de colocar suas mãozinhas na cânula traqueal, na sonda gástrica, nos equipamentos, sempre tinha que estar envolvida na malha tubular para contenção, senão ela “puxava tudo”, como lembra a equipe.
Com a presença do polvo dentro da sua incubadora, o bebê apresentou-se muito mais calmo, com boa melhora na frequência respiratória, na frequência cardíaca e iniciou com dieta no mesmo dia. “Nossa, ela é outra criança, bem mais calma”, disse, na época, a mãe da bebê. "Tivemos uma resposta imediata. Em menos de 24 horas notamos que o polvo realmente é muito importe para o desenvolvimento e tranquilidade para o bebê", relatou a enfermeira Gabriela Maciel.