A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou nesta terça-feira (23) uma videoconferência da Sala Estadual de Coordenação e Controle ao Aedes aegypti para discussão das ações de intensificação do controle aos focos do mosquito. O encontro foi transmitido através do Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres de Santa Catarina (Cigerd), em Florianópolis.
O objetivo da Sala é compartilhar informações sobre a situação de cada município e fortalecer o envolvimento intersetorial no controle ao mosquito em nível estadual e municipal. O gerente de zoonoses da Dive/SC, João Fuck, conduziu a apresentação, alertando que a prevenção é responsabilidade de todos, uma vez que locais com água parada são perfeitos para reprodução do mosquito. “Todos precisam ajudar. Vistoriar quintais, descartar corretamente o lixo, manter as caixas d’água fechadas. Atitudes simples que são fundamentais para evitar a proliferação do mosquito”, afirmou.
Raquel Bittencourt, superintendente de Vigilância em Saúde, representando o governador Carlos Moisés da Silva no evento, lembrou que a Secretaria de Estado da Saúde tem como prioridades as ações voltadas para a redução do número de focos. “Já fizemos reuniões com entidades de classe. Pedimos apoio de vários setores. O órgão público faz sua parte, mas também precisa o envolvimento da sociedade civil. Só assim vamos conseguir evitar a transmissão de dengue, zika e chikungunya”, destacou.
O estado tem atualmente 167 municípios que detectaram a presença do Aedes aegypti, sendo que destes 82 são considerados infestados. Já são mais de 11 mil focos em Santa Catarina. Com relação à dengue, já são 185 casos confirmados, desses, 143 autóctones (transmissão dentro do estado) e 28 importados.
Salas Municipais
Durante o encontro, alguns municípios puderam compartilhar ações exitosas no controle ao mosquito. Itajaí, por exemplo, mantém reuniões periódicas para alinhamento de ações desde 2015, ano em que o município enfrentou uma epidemia de dengue. Itapiranga, no oeste do estado, criou comissões para os prédios púbicos municipais, além da aquisição de equipamentos para visualização de depósitos de difícil acesso. Em Cunha Porã, foi aprovada uma lei municipal que proíbe vasos de plantas em cemitérios, após discussões e apontamentos da Sala Municipal.
Ainda na reunião, a Vigilância Sanitária informou sobre o envio de documento para os prefeitos através da Federação Catarinense dos Municípios (FECAM) para a instalação de eco-pontos para o recolhimento dos pneus. Entre os dias 13 e 17 de maio haverá uma ação estadual de recolhimento dos pneus pela Reciclanip, uma entidade que faz a coleta e dá o destino correto aos pneus que não podem mais ser usados para rodagem.