Florianópolis, 12 de agosto de 2016
O secretário-adjunto da Saúde, Murilo Capella, recebeu na manhã desta sexta-feira, 12, a equipe do Programa Nacional de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde (PNTN/MS), que também visitou o Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) para avaliar a mudança de laboratório que analisa os exames do Teste do Pezinho, até então realizado pelo Lacen.
Desde 1º de agosto, os exames de triagem neonatal dos catarinenses estão sendo feitos pela Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (FEPE), instituição vinculada à Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, referência nacional na área que há anos faz parte do programa nacional.
De acordo com a responsável de área do Programa Nacional de Triagem Neonatal, Tânia Marini de Carvalho, a população catarinense pode ficar tranquila que a coleta continuará sendo feita nos mesmos locais e da mesma maneira que antes. “A alteração é uma simples mudança de endereço de laboratório. A família e a unidade que realizou a coleta continuarão recebendo a informação que a criança precisa de um exame confirmatório na maior rapidez. O laboratório da FEPE é super competente, já faz esse trabalho no Paraná, tem alta tecnologia e é tão bom quanto o Lacen. A população não terá consequencia alguma com esse mudança de endereço”, explica Tânia.
Segundo a geneticista do Hospital Infantil, Gizelle Rozone de Luca, a visita do MS foi muito importante para a equipe do Serviço de Referência do hospital. “Além dessas profissionais estarem no apoiando e auxiliando nesta mudança de laboratório e na adesão ao programa nacional, sabemos que podemos contar com elas em todas as dificuldades e necessidades do nosso estado”, destaca Gizelle.
Desde a criação do Programa Nacional de Triagem Neonatal, em 2001, o Hospital Infantil Joana de Gusmão é referência para o atendimento e acompanhamento desses pacientes. “O laboratório é de Curitiba, mas todo o serviço de referência continuará no Joana de Gusmão, ou seja: o Estado continuará detectando, diagnosticando e tratando precocemente os bebezinhos que tiverem alteração no teste do pezinho”, argumenta a geneticista do HIJG.
A realização dos ensaios laboratoriais de triagem na FEPE ocorrerá mediante parceria das secretarias de Saúde catarinense e paranaense. A mudança irá gerar uma economia de R$ 10 milhões por ano, o que agradou os técnicos do Ministério da Saúde. O alinhamento à política do Programa Nacional de Triagem Neonatal prevê a realização do exames preconizados na Fase 4 do PNTM: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, deficiência da biotinidase e hiperplasia adrenal congênita.
Foto: Paulo Goeth