icone facebookicone twittericone instagram

Joinville, 26 de  julho de 2016

 A Maternidade Darcy Vargas (MDV), de Joinville, participa a partir do dia 1º de agosto, da Semana Mundial de Amamentação (SMAM 2016). O evento tem a coordenação da World Aliance for Breasttfeeding Action (WABA), e é realizado desde 1992, em vários países do mundo. Desenvolvimento Sustentável foi o tema escolhido para a campanha deste ano, com abordagens sobre igualdade, ecologia e economia.

A MDV programou várias atividades para a SMAM 2016, dentre elas uma homenagem às doadoras de leite humano. Também será realizado um treinamento dirigido aos funcionários da maternidade com a finalidade de qualificar ainda mais o manejo do aleitamento materno.

Folderes e cartazes para divulgação do evento foram viabilizados com a parceria da Agência Experimental de Publicidade do Bom Jesus/IELUSC. Os murais na instituição serão decorados com o tema da SMAM, e haverá uma faixa e balões decorativos na portaria principal com o tema alusivo à data.

Agenda 2030

A Agenda 2030 foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e consiste em um plano de ação para os próximos 15 anos com base no desenvolvimento sustentável. E abrange áreas de importância crucial para a humanidade e o planeta. Ela contém 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e a amamentação está ligada pelo menos a seis deles.

Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares é o primeiro objetivo, pois crianças saudáveis aprendem melhor, tornam-se pessoas mais fortes, produtivas e capazes de criar oportunidades, o que pode interromper o ciclo da pobreza e da fome de uma forma sustentável.

O segundo objetivo consiste em acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, melhoria da nutrição e promoção da agricultura sustentável. O aleitamento materno é o modo mais apropriado e seguro de alimentação na primeira infância. A manutenção da saúde ou o aparecimento de algumas doenças ao longo da vida está na dependência de eventos adversos em fases iniciais de desenvolvimento ou da nutrição em momentos de particular vulnerabilidade. Existe a possibilidade da prevenção de doenças do adulto já na infância, a partir de uma alimentação saudável.

Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades é o terceiro objetivo. A ação de alguns componentes do leite materno é responsável pela diminuição de doenças infecciosas, alérgicas e inflamatórias, bem como possível proteção contra câncer, doença celíaca e diabetes tipo I nas crianças, com conseqüente redução no número de internações hospitalares.

O aleitamento materno também protege a saúde materna, pois melhora o espaçamento entre gestações e reduz o risco de hemorragia pós-parto. Mulheres que amamentam têm uma diminuição do risco de câncer de mama. Mortes de 823.000 crianças/ano e 20.000 mães/ano seriam evitadas através da amamentação universal.
 
O quarto objetivo consiste em assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, promovendo oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. A associação entre o uso de leite materno e desenvolvimento cognitivo foi demonstrada em muitos estudos. Quem foi aleitado pela mãe apresenta escores significativamente mais altos em testes de inteligência, bem como melhor performance escolar.

Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos é outro objetivo incluído na Agenda 2030. A amamentação não só melhora a inteligência até a idade adulta, mas também tem um efeito tanto em nível individual como social por aumentar o nível de escolaridade e de renda salarial.

Outros benefícios econômicos estão relacionados à diminuição de custos no sistema de saúde, redução nos gastos com medicamentos, menor número de faltas dos pais ao trabalho e economia na aquisição de substitutos do leite materno.

A redução da desigualdade dentro dos países e entre eles consta como um dos seis objetivos da agenda, pois ajudando a diminuir a lacuna entre ricos e pobres, a amamentação pode contribuir para a redução das desigualdades. Além disso, o aleitamento materno contribui para a sustentabilidade ambiental, pois é um alimento natural e renovável que não envolve o uso de embalagens, transporte ou combustível para o preparo, gerando importante contribuição para o meio ambiente.