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Florianópolis,08 de abril de 2016 

 De 1º de janeiro a 7 de março de 2016 foram notificados 128 casos suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Santa Catarina. Destes, 50 (39%) foram confirmados para influenza, sendo 41 (82%) pelo vírus influenza A (H1N1), oito (16%) pelo vírus influenza A (subtipagem em andamento) e um (2%) pelo vírus influenza B. Outros 77 casos (60,1%) apresentaram resultado negativo para influenza A e B, sendo classificados como SRAG não especificada, e um foi confirmado por outro agente etiológico. Os dados constam do informe epidemiológico 5, divulgado nesta quinta-feira (7) pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.

  Dos 16 óbitos de SRAG notificados, oito apresentaram resultado negativo para influenza A e B, sendo classificados como SRAG não especificada; seis foram confirmados pelo vírus A (H1N1) um pelo vírus influenza A (subtipagem em andamento); e um pelo vírus B.

 

Casos e óbitos de SRAG por Influenza, segundo classificação final. Santa Catarina, 2016.

Classificação Final

Casos

Óbitos

n

%

n

%

SRAG por Influenza

50

39,0

8

50,0

 

Influenza A(H1N1)pdm09

41

82,0

6

75,0

 

Influenza A(H3N2)

0

0

0

0,0

 

Influenza A( subt. em andamento )

8

16,0

1

12,5

 

Influenza B

1

2,0

1

12,5

SRAG não especificada

77

60,1

8

50,0

SRAG por outros vírus respiratórios

0

0

0

0,0

SRAG por outros agentes etiológicos

1

0,7

0

0,0

Total Notificados

128

100

16

100

Fonte: SINAN INFLUENZA WEB ( atualizado em 07/04/2016. Dados sujeitos a alterações )

 

 

Os 41 casos de SRAG pelo vírus influenza A (H1N1) foram identificados em residentes nos municípios de Blumenau (19), Itajaí (4), Florianópolis e Lages (3), Brusque e São José (2), Criciúma, Tubarão, Balneário Camboriú, Itapema, Araranguá, Laguna e Guaramirim (um caso cada), e um caso em residente de outro Estado. O único caso confirmado de SRAG pelo vírus influenza B foi identificado em um residente do município de Jaraguá do Sul. Oito casos foram confirmados pelo vírus influenza A, e estão aguardando subtipagem para identificação do tipo de vírus A.

Casos Confirmados de SRAG por Influenza segundo subtipo viral por Municípiode residência. SC, 2016

Gersa

Mun Resid SC

Influenza A(H1N1)pdm09

Influenza A(H3N2)

Influenza A(subt.em andamento)

Influenza B

Total SRAG  Influenza

Grande Florianópolis

Florianópolis

3

0

1

0

4

São José

2

0

0

0

2

Blumenau

Blumenau

19

0

1

0

20

Brusque

2

0

0

0

2

Criciúma

Criciúma

1

0

0

0

1

Tubarão

Tubarão

1

0

0

0

1

Itajaí

Balneário Camboriú

1

0

0

0

1

Itapema

1

0

0

0

1

Itajaí

4

0

2

0

6

Chapecó

Chapecó

0

0

1

0

1

Lages

Lages

3

0

1

0

4

Araranguá

Araranguá

1

0

1

0

2

Laguna

Imbituba

0

0

1

0

1

Laguna

1

0

0

0

1

Jaraguá do Sul

Jaraguá do Sul

0

0

0

1

1

Guaramirim

1

0

0

0

1

Outros estados

Outros estados

1

0

0

0

1

Total

 

41

0

8

1

50

Fonte: SINAN INFLUENZA WEB ( atualizado em 07/04/2016 dados sujeitos a alterações )

 

Em relação à idade, o maior número de casos de SRAG confirmados por influenza acometeu indivíduos da faixa etária de 40 a 49 anos com 11 casos (26,8%).

TABELA 3: Casos Confirmados de SRAG por Influenza segundo faixa etária (em anos) e subtipo viral. SC, 2016

Faixa Etária          (em anos)

Influenza A(H1N1)pdm09

Influenza A(H3N2)

Influenza B

Total

n

%

n

%

n

%

n

 
 

4

9,7

0

0

0

0

4

9,5

2 a 4

1

2,4

0

0

0

0

1

2,3

5 a 9

0

0

0

0

0

0

0

0

10 a 19

1

2,4

0

0

1

100

2

4,7

20 a 29

2

4,8

0

0

0

0

2

4,7

30 a 39

6

14,6

0

0

0

0

6

14,2

40 a 49

11

26,8

0

0

0

0

11

26,1

50 a 59

9

21,9

0

0

0

0

9

21,4

>= 60

7

17

0

0

0

0

7

16,6

Total

41

100

0

 0

1

1

42

100

Fonte: SINAN INFLUENZA WEB ( atualizado em 07/04/2016 dados sujeito a alterações )

Dos 50 casos de SRAG confirmados por Influenza, 41 deles (82%) tinham algum fator de risco associado, sendo 24 portadores de doença crônica, seis obesos, sete idosos (maior que 60 anos), quatro menores de dois anos.

Casos confirmados de SRAG por Influenza segundo fatores de risco. SC, 2016

Fatores de risco

Casos de SRAG por Influenza (n=50)

Vacinados

n

%

n

%

Com fatores de risco

41

82,0

0

0

Doentes crônicos

24

58,5

0

0

< 2 anos

4

9.7

0

0

Obesidade

6

14,6

0

0

Idosos > 60 anos

7

17,0

0

0

Fonte: SINAN INFLUENZA WEB ( atualizado em 07/04/2016 dados sujeito a alterações )

Os 42 casos de SRAG por influenza que evoluíram para a cura fizeram uso do antiviral Oseltamivir (Tamiflu), em média, até quatro dias após o início dos sintomas.

Perfil dos óbitos por influenza em Santa Catarina

Até o dia 7 de abril foram confirmados oito óbitos de SRAG por influenza no Estado, sendo seis pelo vírus influenza A (H1N1) - residentes em Blumenau (2), Brusque (2), Lages (1) Guaramirim (1); um pelo vírus influenza B ? residente em Jaraguá do Sul; e um pelo vírus influenza A, com a subtipagem em andamento ? residente em Araranguá.

 

Óbitos confirmados de SRAG por influenza segundo subtipo viral por município de residência. SC, 2016

Gersa

Mun Resid SC

Influenza A(H1N1)pdm09

Influenza A(H3N2) Sazonal

Influenza A(subt.em andamento)

Influenza B

Total SRAG  Influenza

Blumenau

Blumenau

2

0

0

0

2

Brusque

2

0

0

0

2

Lages

Lages

1

0

0

0

1

Araranguá

Araranguá

0

0

1

0

1

Jaraguá do Sul

Jaraguá do Sul

0

0

0

1

1

Guaramirim

1

0

0

0

1

Total

 

6

0

1

1

8

Fonte: SINAN INFLUENZA WEB (atualizado em 07/04/2016. Dados sujeito a alterações )

Dos oito óbitos confirmados de SRAG pelo vírus influenza, sete tinham fator de risco associado (doentes crônicos, obesos, idosos) e o Oseltamivir (Tamiflu) foi iniciado, em média, cinco dias após o início dos sintomas de síndrome gripal (febre, tosse ou dor de garganta e pelo menos mais um dos sintomas: mialgia, cefaleia ou artralgia). A recomendação é a utilização do antiviral em até 48 horas após o início dos sintomas para um melhor prognóstico.

O perfil de casos de SRAG até o momento indica a circulação do vírus influenza, com predominância do subtipo A (H1N1), acometendo principalmente adultos e pessoas com comorbidades (doentes crônicos e obesos).

A gripe causada pelo vírus influenza é uma doença grave que causa danos à saúde das pessoas há muitos séculos. É transmitida a partir das secreções respiratórias, podendo também sobreviver por até 48 horas no ambiente, sobretudo em superfícies tocadas frequentemente. A partir do contato com um doente ou superfície contaminada, o vírus pode penetrar pelas vias respiratórias, causando lesão, que pode ser grave e até fatal, se não tratada a tempo.

Os vírus do tipo influenza circulam durante todo o ano, intensificando-se, principalmente, no período de inverno, quando as pessoas buscam se abrigar do frio em ambientes fechados, o que favorece a transmissão do vírus.

Neste ano, a campanha de vacinação contra gripe em Santa Catarina ocorrerá no período de 25 de abril a 20 de maio, e terá como grupos prioritários os indivíduos com 60 anos ou mais, crianças na faixa etária de seis meses a até cinco anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores de saúde, os povos indígenas, os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais*, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.

*Indivíduos que apresentem pneumopatias (incluindo asma); cardiovasculopatias; nefropatias; hepatopatias; doenças hematológicas; distúrbios metabólicos; transtornos neurológicos e do desenvolvimento (como epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, entre outros); imunossupressão associada a medicamentos, neoplasias, HIV/Aids ou outros; obesidade; e pacientes com tuberculose, de todas as formas.

Além da vacinação para os grupos prioritários, estratégia eficaz na redução da doença grave entre a população mais vulnerável, as principais formas de prevenção para a gripe são:

- Higiene respiratória/etiqueta da tosse, medida capaz de reduzir a circulação viral, pois previne a disseminação entre as pessoas

- Tratamento precoce com medicamentos antivirais, que ajudam a evitar a evolução para formas graves.