icone facebookicone twittericone instagram

A matriz de risco potencial regionalizado divulgada no dia 09 de abril aponta 02 (duas) regiões de saúde no nível Alto (amarelo): Foz do Rio Itajaí e Planalto Norte; e 15 regiões de saúde classificadas no nível Moderado (azul): Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Oeste, Extremo Sul Catarinense, Grande Florianópolis, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Meio Oeste, Nordeste, Oeste, Serra Catarinense, Vale do Itapocu e Xanxerê (Figura 1). Com o encerramento do decreto de emergência no Estado, a matriz está passando por uma transição. Neste sentido, como anunciado anteriormente, será incorporada uma nova matriz de alerta epidemiológico. A modificação ocorrerá nos próximos dias.

Figura 1: Matriz de Risco Potencial Regionalizado. 09/04/2022

2022_04_09_mATRIZ.jpeg

Confira a matriz completa aqui

Em um comparativo com o boletim divulgado na semana anterior, no qual todas as regiões haviam sido classificadas no nível Moderado (azul), houveram mudanças nos indicadores das regiões Foz do Rio Itajaí e Planalto Norte, especificamente na dimensão Transmissibilidade, que indicaram uma leve piora na curva de crescimento de casos. Com isso, o número de reprodução efetivo (Rt), que mensura o potencial de propagação de um vírus dentro de determinadas condições para essas duas regiões, foi superior a 1, demonstrando que cada paciente transmite a doença a pelo menos mais uma pessoa, e o vírus se dissemina. Como essas duas regiões ainda apresentam a dimensão Proteção Específica classificada no nível Alto, apresentando coberturas vacinais abaixo de 80%, e a dimensão gravidade também no nível Alto, apresentando altas taxas de hospitalização e mortalidade por SRAG COVID-19, essas duas regiões acabaram sendo classificadas no nível de risco Alto (amarelo) para COVID-19 nesta semana. A recomendação para os gestores dessas regiões é intensificar esforços para ampliar a cobertura vacinal do esquema primário (duas doses) da população em geral, além da dose de reforço para os idosos a partir dos 60 anos de idade, de forma a reduzir a gravidade e a disseminação dos casos.

A dimensão Gravidade é composta por dois indicadores: o número de óbitos de Covid-19 acumulados nos últimos 7 dias por 100 mil habitantes e a Tendência de curto prazo (3 semanas) para ocorrência de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Nesta dimensão, 3 (três) regiões foram classificadas no nível Moderado (azul): Carbonífera, Grande Florianópolis e Nordeste e 14 (quatorze) regiões foram classificadas no nível Alto (amarelo): Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Extremo Oeste, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Meio Oeste, Oeste, Planalto Norte, Serra Catarinense, Xanxerê e Vale do Itapocu (Figura 2).

Figura 2: Classificação das Regiões quanto à Gravidade. 09/04/2022

MATRIZ_Gravidade (1).png

A dimensão Transmissibilidade é composta por dois indicadores, o número de casos ativos (infectantes) por 100 mil habitantes e o número de reprodução efetivo da infecção (Rt).

Nesta dimensão, 14 (quatorze) regiões foram classificadas como nível Moderado (azul): Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Alto Vale do Rio do Peixe, Grande Florianópolis, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Meio Oeste, Oeste, Nordeste, Serra Catarinense, Vale do Itapocu e Xanxerê. Outras 3 (três) regiões foram classificadas no nível de Alto (amarelo), Foz do Rio Itajaí, Extremo Oeste e Planalto Norte (Figura 3).

Figura 3: Classificação das Regiões quanto à Transmissibilidade. 09/04/2022

A dimensão Proteção Específica é composta pelos indicadores de cobertura vacinal do esquema primário de vacinação contra a Covid-19 na população geral (duas doses ou dose única) e da cobertura da dose de reforço na população com 60 anos ou mais de idade.

Nesta dimensão, duas regiões (Laguna e Extremo Sul Catarinense) tiveram melhora nos indicadores e passaram a ser classificadas no nível Moderado (azul), se juntando as regiões do Alto Uruguai Catarinense, Extremo Oeste, Meio Oeste, Oeste, Serra Catarinense e Xanxerê, totalizando 8 regiões. Outras 9 (nove) regiões permanecem no nível Alto (amarelo), Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí, Nordeste, Planalto Norte e Vale do Itapocu (Figura 4).

Figura 4: Classificação das Regiões quanto à Proteção Específica. 09/04/2022

Por fim, a dimensão Capacidade de Atenção é composta pelo indicador de taxa de ocupação de leitos de UTI Adulto para tratamento de Covid-19 em relação ao total de leitos de UTI Adulto disponíveis no Estado.

Nesta dimensão, todas as 17 (dezessete) regiões foram classificadas no nível Moderado (azul), com taxas de ocupação de leitos de UTI adulto com pacientes em tratamento de Covid-19 abaixo de 20% (Figura 5) .

Figura 5: Classificação das Regiões quanto à Capacidade de Atenção. 09/04/2022

Número de casos ativos apresenta estabilidade em Santa Catarina, enquanto hospitalizações e mortes se concentram em não vacinados.

O número de casos ativos sofreu redução de 95% desde o dia 29 de janeiro, quando foram contabilizados 80.251 casos. No entanto, observa-se nas duas últimas semanas uma estabilidade abaixo de 4.000 casos, demonstrando que o coronavírus se encontra presente em todo o estado. No último dia 8 de abril, foram contabilizados 3.712 casos ativos em Santa Catarina (figura 6). No entanto, a manutenção desse número de casos ativos não tem se refletido em aumento nas hospitalizações e mortes, já que as coberturas vacinais alcançadas em Santa Catarina estão protegendo boa parte da população. Os poucos casos graves e mortes que vêm sendo registrados se concentram em pessoas com esquema vacinal incompleto e, principalmente, em idosos que não receberam a dose de reforço.

Figura 6: Evolução de casos ativos de Covid-19, Santa Catarina 2020/2022 (atualizado em 08/04/2022)

O principal objetivo da matriz de risco é ser uma ferramenta de tomada de decisão. A nota final do mapa de risco considera um intervalo de variação mais adaptado para cada nível, sendo de 1 a 1,9 como moderado, 2 a 2,9 como alto, 3 a 3,9 como grave e igual a 4 como gravíssimo.