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O Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP), de Lages, foi o primeiro a receber a Habilitação Estadual para realizar neurocirurgias endovasculares de Trombectomia Mecânica (TM) voltadas ao tratamento do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico Agudo. O procedimento promete melhorar a qualidade de vida dos pacientes, pois reduz o risco de deterioração neurológica e traz maior independência funcional aos que sofreram o AVC. A secretária Carmen Zanotto esteve nesta segunda-feira, 05, na unidade e participou do ato de assinatura do Termo de Compromisso de Garantia de Acesso para a realização das cirurgias, via Sistema Único de Saúde (SUS).


HNSP trombecto 1
Fotos: Josiane Ribeiro/ Ascom SES

Durante a cerimônia, também foram entregues dois equipamentos para a realização de polissonografias, ou exame do sono, que auxilia no diagnóstico de distúrbios como a apneia obstrutiva. Os dispositivos serão utilizados em Lages e em outros municípios de região pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/Amures). A iniciativa tem como objetivo ampliar a oferta desse serviço, que atualmente está concentrado no Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, além de reduzir a fila de espera pelo exame, que em todo o estado de Santa Catarina é de mais de 6 mil pacientes.


“A Habilitação concedida ao Hospital Nossa Senhora dos Prazeres para realizar a trombectomia como parte dos protocolos para o AVC é uma grande vitória. Porque os pacientes que necessitam deste procedimento têm uma janela de tempo extremamente restrita para sua realização. Agora, tanto o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres quanto o Hospital São José, em Joinville, e o Celso Ramos estão integrados a essa rede de atendimento. Outras instituições de saúde do estado também serão autorizadas, conforme a determinação do Governador Jorginho Mello, que visa proporcionar serviços de saúde o mais próximo possível da população”, disse a secretária Carmen Zanotto.


HNSP polissonografia
Secretária Carmen Zanotto entrega dois aparelhos de polissonografia aos representantes do Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/Amures)

Segundo o presidente do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, Dr. Ronny Albert Westphal, o AVC é uma causa de morte ou graves sequelas muito prevalente sendo preciso investimento em muitas frentes como prevenção, tratamento, reabilitação e novas tecnologias. “O HNSP é um importante pilar de assistência à saúde na Serra Catarinense. Como guardião da especialidade de Neurologia e Neurocirurgia, se dedica a essa vocação de preservar vidas. E com o credenciamento da Trombectomia Mecânica, ao alcance de nossa população, fará com que os graves AVC’s tenham mais chance de cura e restabelecimento do fluxo cerebral. Diminuiremos com isso as graves sequelas, salvaremos vidas”, disse.


O credenciamento do HNSP foi aprovado por meio da Portaria de Autorização nº 31/2024, da Secretaria de Estado da Saúde. O pagamento pelos serviços será realizado com base na produção apresentada no Sistema de Informações Hospitalares (SIH), até a habilitação definitiva do Ministério da Saúde.


A aprovação da Habilitação Estadual para a realização da TM em casos agudos de AVC abriu caminho para a expansão deste serviço no estado. A decisão foi pactuada em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (deliberação CIB n° 756), realizada em 7 de dezembro de 2023.


Estudos apontam eficácia da TM


Um relatório de 2021 da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), do Ministério da Saúde, aponta que o acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) é o tipo mais comum de AVC, e é responsável por até 85% de todos os casos.


Conforme o documento, estudos científicos demonstram que pacientes com AVCi com intervalo de tempo de seis a vinte e quatro horas desde o início do AVC, que realizaram a trombectomia mecânica associada ao tratamento clínico, tiveram uma maior independência funcional em comparação àqueles que somente realizaram o tratamento clínico.


Trombectomia Mecânica


A TM é um procedimento cirúrgico realizado para desobstruir e restaurar o fluxo sanguíneo cerebral. Nela são utilizados cateteres para conduzir um dispositivo até os grandes vasos que apresentam a obstrução causada pelo coágulo. A intervenção é recomendada em situações em que os sintomas se manifestem dentro de uma janela crítica de 8 a 24 horas.


Mais informações para a imprensa:
Josiane Robeiro
Silvestre Aguiar
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde
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