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A secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, reuniu-se com os deputados da Bancada Oeste, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALesc), para a apresentação do Diagnóstico Situacional do Hospital Regional do Oeste, de Chapecó, na manhã desta terça-feira, 23. A equipe técnica do Hospital Santo Antônio, de Blumenau, contratada pelo Governo do Estado para fazer a consultoria, iniciará, nesta semana, a implantação das estratégias para promover ações corretivas que visam a otimização dos recursos, a melhoria dos processos e, consequentemente, dos serviços prestados.

Diagnostico do HRO 3

Foto: Silviane Mannrich Ascom/SES/SC

“A direção do hospital já está implementando o diagnóstico apresentado. É um trabalho de médio e longo prazo. Não é um trabalho de apenas um mês, dois ou três meses. E por parte da gestão estatual, conforme autorizou nosso governador Jorginho, o contrato que antes era com o município, passou para a Secretaria de Estado da Saúde. A saúde é bipartite e tripartite, mas a questão contratual e a organização, referente à segurança jurídica desses contratos, também vão passar pela Alesc, pois são prédios públicos cedidos às instituições filantrópicas”, explica a gestora da Saúde estadual, Carmen Zanotto.

A consultoria, feita nos meses de fevereiro e março deste ano, foi realizada nas dependências do Hospital Regional do Oeste, que é administrado pela Associação Lenoir Vargas. A equipe analisou a infraestrutura, serviços, atendimentos, procedimentos, recursos humanos, equipamentos, fluxos de processos, pontos fortes e fracos da unidade. O objetivo é chegar a uma qualidade assistencial, com gerenciamento dos custos e melhoria dos processos institucionais.

Atualmente, o HRO possui 306 leitos, atende cerca de 93% pelo Sistema Único de Saúde, e realizou 209.661 mil atendimentos em 2023. Também nesse ano, recebeu R$54,5 milhões do Governo do Estado para atender e não deixar desassistidos os pacientes da região, de acordo com balancetes apresentados pelo hospital.

Foi identificado que o HRO possui estrutura ampla, com grande potencial de crescimento e de novos serviços em saúde. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulta apresenta excelente desempenho, inclusive é um dos serviços classificados com Alta Conformidade pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com relatórios publicados nos últimos anos. O serviço oncológico, quimioterápico e radioterápico oferece espaços amplos, modernos e humanizados. 

Mas muita coisa precisa ser melhorada para atingir maior resolutividade do atendimento prestado à população. “Além dos pacientes de média complexidade, o Hospital Regional do Oeste tem potencial para fazer mais cirurgias e atendimentos de alta complexidade. Com os leitos que estão fechados, o hospital tem grande potencial para transformar em leitos de saúde mental. Além disso, enquanto os hospitais estão levando 3 dias de internação, o Regional leva  5,6 dias de internação. Com um sistema eficaz, é possível, em tempo real, comparar os resultados entre médicos e especialidade, fazer o controle e analisar se houve alguma complicação ou realmente foi porque o médico quis deixar o paciente mais tempo e vamos trabalhando em cima disso. E assim, em todas as outras questões até conseguir atingir as metas dos resultados”, explica Rafael Bertuol, um dos consultores e gerente geral do HSA.

Anteriormente, havia sido realizada uma reunião na Alesc, com o presidente Mauro de Nadal e a Bancada do Oeste catarinense. “Hoje trouxemos a devolução do diagnóstico que foi feito no Hospital Regional do Oeste, um hospital que tem muito potencial para crescimento. Agora a direção irá implantar desde o planejamento estratégico até as demais ações. E o ponto positivo que a gente já tem lá é que tem mais cinco leitos de UTI pediátricos que abriram nesses últimos dias, assim como uma reestruturação dos leitos de UTI neonatal, ajudando com isso a ampliar o atendimento às nossas crianças do Oeste”, garante a secretária Carmen Zanotto.