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Representantes da Secretaria de Estado da Saúde participam nesta terça-feira (08) do Seminário de Atualização dos Protocolos e Técnicas do Teste do Pezinho, promovido pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Foram realizadas nove palestras sobre as moléstias detectadas pelo procedimento, que é uma das mais importantes ações preventivas a doenças.

 Para Gisele Rozone de Luca, geneticista do Hospital Infantil Joana de Gusmão, é fundamental a informação para os pais sobre a importância do por que está sendo feito o teste. “O diagnóstico precoce da fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência da atividade da biotinidade e da doença falciforme, todas detectadas no teste do pezinho, garantem o tratamento mais rápido possível.”

O seminário atende as orientações do Ministério da Saúde, que recomenda o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), a realização do teste entre o 3º e 5º dia de vida do bebê.

Proponente do evento, o deputado Doutor Vicente Caropreso (PSDB) explicou que pelo fato do teste ter se tornado um grande ganho para a sociedade na área da medicina e na prevenção de doenças relativas ao desenvolvimento das crianças, é algo que precisa ser encarado com a permanente e máxima responsabilidade.

“Mais uma vez a Assembleia Legislativa, por meio das comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a de Saúde, traz especialistas para difundir as informações necessárias para a continuidade desse programa exitoso.”

Primeira palestrante do dia, a endocrinologista Marilza Leal Nascimento fez um histórico da triagem neonatal em Santa Catarina. “Fomos um dos primeiros estados do Brasil a ter o teste do pezinho implantado de forma institucional e sempre tivemos os melhores indicadores nacionais. Se tratadas precocemente, [as doenças reveladas pelo procedimento] vão mudar a vida da criança e sua evolução. Principalmente no caso de doenças que levam a um retardo mental grave.”

Antigamente a detecção ocorria por meio do diagnóstico clínico. “Era algo muito difícil de se fazer e muitas vezes, quando era percebida, a lesão cerebral já estava instituída. Com o teste, essas crianças são normais desde que façam o tratamento para o resto da vida. É uma mudança total na qualidade de vida delas e de suas famílias”, concluiu.

Anualmente, uma média de 2,4 milhões de recém-nascidos são triados no programa. É muito importante destacar que, quanto maior a rapidez na identificação e início do tratamento das doenças, maior a possibilidade de evitar sequelas nas crianças como a deficiência mental, microcefalia, convulsões, comportamento autista, fibrosamento do pulmão, crises epilépticas, entre outras complicações.

 *Com informações da Assembleia Legislativa de Santa Catarina