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A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), da Secretaria de Estado da Saúde (SES), informa que em 2019 foram confirmados doze casos de hantavirose, além de três óbitos registrados nos municípios de Ituporanga, Timbó Grande e Campos Novos. No ano passado, foram confirmados sete casos e três óbitos (Pinheiro Preto, Presidente Castelo Branco e União do Oeste).

A DIVE reforça aos serviços de saúde para a importância da notificação imediata (em até 24 horas), da investigação e do diagnóstico precoce para um bom prognóstico da doença. “É de extrema importância que todos os profissionais da rede sejam alertados para a possibilidade de ocorrência da doença no Estado. Os moradores também devem ser informados sobre a doença, os tipos de roedores envolvidos e as vias de transmissão, bem como sobre as formas de prevenção”, alerta a médica veterinária da DIVE, Alexandra Schlickmann Pereira.

Sobre a doença

A hantavirose é uma doença infecciosa aguda e grave, causada por um vírus do gênero Hantavírus e que pode levar à morte em apenas 72 horas. No início, há febre, tosse seca, dor no corpo, náuseas, diarreia, dor de cabeça, vômitos, dor abdominal, dor torácica, suor e vertigem e pode evoluir para falta de ar intensa. Aos primeiros sinais e sintomas, deve-se dirigir à unidade de saúde mais próxima.

O hantavírus está associado aos roedores silvestres, que eliminam o vírus na urina fresca, nas fezes e na saliva. A forma de transmissão mais comum ocorre quando as pessoas inalam minúsculos aerossóis, formados a partir da urina, fezes e saliva de roedores silvestres que se misturam na poeira.

É uma doença característica de áreas rurais, que atinge agricultores, moradores e trabalhadores em áreas de reflorestamento, em galpões, paiois, armazéns fechados e outros espaços pouco ventilados.

As principais medidas indicadas para o controle de roedores silvestres são as preventivas, por meio de antirratização. Dentre as medidas relativamente simples e gerais que a população pode ajudar a realizar estão:

- Eliminar os resíduos que possam servir para abrigos, construções de tocas e ninhos, assim como reduzir as fontes de água e alimento para o roedor;

- Não deixar entulhos e objetos inúteis no interior e ao redor do domicílio, mantendo limpeza diária, pois esses objetos podem servir de proteção e/ou abrigo para os roedores;

- Manter a vegetação rasteira em um raio de, pelo menos, 40 metros ao redor de qualquer edificação (casa, silo, paiol, abrigo de animais e outros);

- Ambientes que permaneceram fechados por algum tempo e que apresentem sinais de infestação de roedores devem ser abertos e ventilados por, no mínimo, 30 minutos.

Mais informações sobre a doença em www.dive.sc.gov.br.