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Durante três dias, biólogos e médicos veterinários das equipes municipais e das regionais de Saúde de Santa Catarina participaram de uma capacitação realizada pelo Ministério da Saúde (MS) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Florianópolis. O objetivo do treinamento foi preparar e sensibilizar a notificação das epizootias (morte e adoecimento de macacos), de forma rápida no Estado por meio do Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SISS-Geo).

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Foto: Divulgação DIVE/SC

Essa atividade faz parte do Plano de Ação de Enfrentamento da Febre Amarela, lançado no último dia 30 de agosto pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), da Secretaria de Estado da Saúde (SES). “Estamos intensificando as ações em todo o Estado. O objetivo é nos adiantarmos ao período sazonal da doença, que vai de dezembro a março”, explica Maria Teresa Agostini, diretora da DIVE/SC.

A capacitação ocorre nos três estados do Sul (RS, PR e SC) e prepara os profissionais de saúde para utilização do SISS-Geo, um aplicativo para celular que traz qualificação para a vigilância das epizootias, com agilidade na notificação para uma resposta rápida. “Com as notificações oportunas das epizootias conseguimos buscar onde estão ocorrendo as mortes e adoecimento dos animais e assim direcionar as ações de imunização e educação em saúde”, acrescenta João Fuck, gerente de Zoonoses da DIVE/SC.

Os profissionais de saúde, agora, serão multiplicadores na operação e suporte, e na instalação, uso e divulgação da plataforma SISS-Geo.

Epizootias

Os macacos sinalizam a circulação do vírus da febre amarela. Eles vivem no mesmo ambiente que o mosquito transmissor da doença e são os primeiros a ficar doente. A morte ou o adoecimento dos primatas é um alerta para os gestores e profissionais de saúde adotarem medidas de prevenção, uma vez que a doença nestes animais precede os casos humanos. “Quando um macaco doente ou morto for encontrado é importante que a população comunique a Secretaria Municipal de Saúde o quanto antes”, alerta Renata Gatti, bióloga da DIVE/SC.

O SISS-Geo vem para facilitar essa comunicação. Acessando o aplicativo é possível tirar uma foto do animal e marcar a localização que ele foi encontrado. As informações chegam instantaneamente até os órgãos de saúde. O SISS-Geo está disponível para aparelhos móveis com sistema operacional Android e também para IOS.

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Foto: Divulgação DIVE/SC

Febre Amarela em SC

Até o momento, o Estado já registrou duas mortes por conta da doença. A primeira foi no dia 28 de março deste ano, um homem de 36 anos, da localidade de Pirabeiraba, em Joinville, sem registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI). A outra, registrada no final de junho, um homem de 40 anos, residente de Itaiópolis, também no Norte do Estado e sem registro de vacina.

Além disso, Santa Catarina já tem o registro de cinco mortes de macacos por febre amarela, localizados nos seguintes municípios: Garuva (1), Indaial (1), Jaraguá do Sul (1) e Joinville (2).

A vacina é a melhor forma de prevenção à febre amarela. Até o momento, a cobertura vacinal de SC está em 78%. A meta é atingir 95%. Por isso, todos os moradores de Santa Catarina com mais de nove meses de idade devem se imunizar. A dose está disponível nas mais de mil salas de vacina do Estado. Uma única dose é suficiente para prevenir a doença.