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Em oito meses, mais de dois mil profissionais do atendimento pré-hospitalar, vinculados às oito mesorregiões catarinenses, receberam atualização e qualificação em cursos de Suporte Básico de Vida. As capacitações foram realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Núcleo de Educação em Urgências (NEU) do Atendimento Pré-Hospitalar (APH).

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Foto: Andrey Lehnemann

Durante dois dias por semana, em cada localidade, os alunos receberam atualizações em Reanimação Cardiopulmonar (RCP), Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE), Trauma e Política de Humanização. Os cursos ocorreram nos municípios de Lages, São Lourenço do Oeste, Chapecó, Itajaí, Joinville, Joaçaba, Blumenau, Criciúma e Florianópolis.

Segundo o Secretário Adjunto da Saúde, André Motta, o processo de educação continuada é um dos pilares da nova gestão da Saúde de Santa Catarina e está ligada diretamente à qualificação dos serviços de base. “Nesta visão, além dos escritórios de qualidades presentes nos hospitais para nos fornecer às dinâmicas de cada local, queremos atualizar todos os nossos profissionais da saúde emergencial para que possam acolher o paciente sempre com celeridade, eficiência e empatia. Esses cursos mostram o quanto valorizamos o acolhimento e a vida no Estado. Queremos nos tornar ainda melhores para oferecer atendimentos de alta qualidade", destaca Motta.


Qualificação como sinônimo de vida


No mês de julho, as Unidades de Suporte Básico (USBs) das oito mesorregiões atenderam 11,1 mil ocorrências. Ano passado, o número era de 10 mil, neste período. Relatórios da Superintendência de Urgência e Emergência da SES mostram que o uso das USBs são de extrema importância nas pequenas regiões – um município como Bocaína do Sul, com cerca de 3 mil habitantes, registrou 53 atendimentos em julho de 2018.

Desta forma, para cidades menores, como Witmarsum, o suporte básico é imprescindível. No dia 10 de julho, por volta das 6h20min, a USB do município foi acionada pela Central de Regulação de Blumenau para atender um bebê de cinco meses de idade, que estava com obstrução de vias aéreas, o que é conhecido como OVACE.

"Ocorrência com criança mexe com todo profissional da área da saúde. Por mais que você tenha experiência na área - e eu tenho 14 anos de saúde pública - essas situações são sempre peculiares. Há um duelo entre o emocional e o racional. Neste momento, você precisa ter calma, técnica e noções dos procedimentos para poder ter o resultado positivo, como foi para nós naquele 10 de julho, em Dona Emma", inicia o condutor socorrista Kleber de Moura que estava na ocorrência.

"Uma semana antes nós havíamos tido um curso de atualização de suporte básico de vida proporcionado pelo NEU, em Joinville, onde participamos de um excelente treinamento. Na ocasião, recebemos atualizações sobre OVACE, que nos serviram diretamente para a ocorrência”, explica Kleber. “Em toda minha vida de serviço público, não lembro da educação ter sido tratada com tanto carinho como agora, nesta gestão. Isso reflete no serviço. Para nós, fica cada vez mais notável as condições que temos de prestar um bom atendimento, devido a essa intenção de aperfeiçoamento presente cada vez mais", conclui.