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Assinatura do Termo de Compromisso de Alta Complexidade de Oncologia Pediátrica para a Região Sul de Santa Catarina.

A primeira-dama do Estado, Nicole Torret Moreira, e o secretário de Estado da Saúde, Acélio Casagrande, assinaram nesta segunda-feira, 5, em ato no Hospital São José (HSJ), em Criciúma, o Termo de Compromisso de Alta Complexidade de Oncologia Pediátrica para a Região Sul de Santa Catarina, que oficializa a instituição como referência em Oncopediatria. 

O São José já atende crianças com câncer vindas dos municípios das regiões Carbonífera (Amrec) e Extremo Sul (Amesc) e, com ajuste de recurso financeiro por parte do Governo do Estado, também terá capacidade de receber crianças da região de Laguna (Amurel), que antes eram encaminhadas para tratamento no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. “Quando soube que uma criança com diagnóstico de câncer deixava o conforto do lar, o aconchego da escola, para passar por um tratamento doloroso em Florianópolis, me partiu o coração. É importante fazer o exercício de se colocar no lugar do outro. Tomei a iniciativa de lutar por esta causa. Vou usar, até o final, o cargo de primeira-dama para fazer o bem ao próximo. Trabalho não pela consequência, mas pela causa”, ressaltou a primeira-dama Nicole, agradecendo a todos que de alguma forma contribuíram para a conquista, incluindo o governador Eduardo Pinho Moreira. “Ele foi sensível à causa. Sonho se sonha para se realizar”, complementou.

O secretário Acélio Casagrande também lembrou o respaldo do governador à Oncopediatria no Sul, dentro da política de Regionalização da Saúde. “Começamos a luta para a oncologia geral no São José desde quando fui secretário municipal de Saúde de Criciúma. Conquistamos muitas coisas desde então, como o terceiro aparelho de radioterapia. Agora, para referenciar o hospital em Oncologia Pediátrica, partimos da premissa de que não se justifica uma criança sair daqui para fazer tratamento na Capital, sendo que temos profissionais e estrutura para atender”, observou o secretário, também agradecendo o empenho da primeira-dama ao insistir na ampliação dos atendimentos e ao Grupo pela Unidade InfantoJuvenil de Onco-Hematologia, a Casa Guido, que acolhe as famílias.

Para o presidente da Casa Guido, Antonio Guedin, que também assinou o termo de compromisso, junto com a diretora-geral do hospital, irmã Isolene Lofi, “acima de todos estão as crianças”. “Espero que este anúncio seja o início de um pensamento positivo para o bem geral de todos os pequeninos”, frisou.

Na avaliação da irmã Isolene, é um sonho de longa data que se torna realidade. “Com o tratamento aqui, perto de casa, as mães podem passar mais tempo com as crianças, sem precisar fazer longas viagens”, destacou.

Meta de dobrar os atendimentos

Nesta segunda-feira, 36 crianças estavam em quimioterapia e seis internadas. A primeira-dama e o secretário da Saúde fizeram uma visita ao setor. Entre cirurgias e procedimentos, como biópsia e implantes cateter, são realizados em média dez atendimentos por mês. Em média, entre pacientes remanescentes e novos, o setor de Oncopediatria do hospital recebe 100 criança por mês, e a expectativa, com a inclusão da Amurel, é dobrar a quantidade de atendimentos. “Devemos receber 80 novos casos de crianças com câncer por ano, vindas de todo o Sul do Estado”, explica o médico cirurgião pediátrico, Dr. Christian Prado.

Participaram do ato, ainda, deputados estaduais, prefeitos, vereadores, o secretário-executivo Regional de Tubarão, Samuel Silva, e o secretário-executivo Regional de Criciúma, João Fabris.

Mais de R$ 2 milhões na oncologia

Atualmente são aplicados pouco mais de R$ 2 milhões por mês pelo Governo do Estado para atendimentos oncológicos no Hospital São José. A parte que corresponde à Oncopediatria representa R$ 75,8 mil mensais, com cinco cirurgias, 85 quimioterapias-pediátricas, sete consultas em Oncologia Cirúrgica, duas consultas em Anestesiologia, 24 consultas em Oncologia Clínica-Pediátrica, 87 diagnósticos por Ultrassonografia, 22 diagnósticos por Endoscopia (Gastro-duodeno, esôfago), 29 Anatomias Patológicas, 13 Tomografias Computadorizadas e duas Ressonâncias Magnéticas.